
Aconselhamento técnico de EPI's e EPC's:
Dispomos de todos os equipamentos de proteção da cabeça aos pés. Desde: Proteção auditiva / Proteção de cabeça e rosto / Proteção respiratória / Proteção para os pés / Proteção das mãos / Proteção contra quedas / Proteção das costas e das articulações / Vestuário de trabalho e proteção.
Os EPI´s devem ser escolhidos de acordo com o trabalho a efetuar e a pessoa a proteger. Os trabalhadores não devem ser prejudicados nos seus movimentos nem sentir desconforto. Para fazer a escolha certa, é também essencial considerar os diferentes tipos de EPI´s de que serão usados simultaneamente.
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC's) são dispositivos, instrumentos, equipamentos ou sistemas utilizados para proteger a saúde e a segurança de um grupo de trabalhadores num determinado local ou ambiente. Os EPC's são projetados para minimizar os riscos e os danos potenciais que podem ser causados por perigos que afetam uma determinada área de trabalho ou local.
É importante salientar que os EPCs devem ser utilizados em conjunto com os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que são destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.

Categorização EPIS:
- EPI categoria 1: proteção contra riscos menores.
- EPI categoria 2: Todos os EPIS que não são categoria 1 ou 3.
- EPI categoria 3: Proteção contra riscos de invalidez ou morte.
Objetivos chave a fim de melhorar a necessidade da proteção individual:
- Agir dentro do quadro da saúde e da segurança no trabalho;
- Argumentar uma oferta de proteção individual;
- Compreender as características técnicas da proteção individual;
- Seguir um estudo de um posto e recomendar uma solução de proteção individual;
- Identificar e valorizar os riscos, adaptar á performance da proteção;
- Ler e compreender a certificação dos produtos;
- Conhecer o meio legislativo, regulamentar e normativo.
Processo de Certificação:
EPI de Categoria 1: Avaliação de conformidade pelo fabricante (Módulo A)
EPI de Categoria 2 e 3: Exame EU de tipo do EPI (Módulo B) por um organismo credenciado independente durante o qual a conformidade com o regulamento EU 2016/425 é verificada com auxílio das normas harmonizadas ao regulamento. Emissão do Atestado de Exame de Tipo EU (Documento Confidencial).
EPI de Categoria 1, 2 e 3: Marcação CE no produto.
EPI de Categoria 3: Controlo por um organismo notificado independente, garantindo a conformidade da fabricação com o EPI examinado:
- Ou seja, conformidade do tipo com base de controlo interno da produção e de controlos do produto a intervalos aleatórios (Módulo C2)
- Ou seja, conformidade do tipo com a base da garantia da qualidade do modo de produção (Módulo D).
EPI de Categoria 1, 2e 3: Estabelecimento, pelo fabricante, da declaração de conformidade EU que prova ao utilizador a conformidade do EPI com o Regulamento UE2016/245.
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PROTEÇÃO OCULAR:
COMO PROTEGER-SE BEM?
Escolher os óculos ou o ecrã de proteção adequado.
· Identificar o tipo de risco: projeções, radiação, ...
· Determinar o tipo de proteção: óculos com hastes, óculos-máscara, viseira, proteção para óculos.
· Determinar a característica da proteção: antis riscos, ante embaciamento, tonalidade variável, …
· Selecionar o tipo de lentes: monobloco, binocular.
· Escolher o tipo de armação: design, clássico, ….
NORMAS:
-EN166: Aplicável a qualquer tipo de protetores individuais dos olhos contra os perigos suscetíveis de danificar os olhos com exceção das radiações de origem nuclear, dos raios X, das emissões laser e dos infravermelhos gerados por fontes a baixa temperatura. Não se aplica aos protetores dos olhos para os quais existem normas distintas (protetor dos olhos anti laser, óculos. de sol de uso geral, ...)
-EN175: Especificações das exigências de segurança para os equipamentos de proteção dos olhos e do rosto para a soldadura e as técnicas conexas (armações/suportes dos filtros).
-EN169: Especificações dos números de escalão e dos requisitos relativos ao fator de transmissão dos filtros com vista a proteger os operadores para a soldadura e as técnicas associadas. Especificação dos requisitos relativos aos filtros de soldadura com número duplo de escalão.
-EN170: Especificações dos números de escalão e dos requisitos relativos ao fator de transmissão dos filtros de proteção contra os raios ultravioletas.
-EN172: Especificações dos números de escalão e dos requisitos relativos ao fator de transmissão dos filtros de proteção contra os raios solares, uso industrial.
-EN379: Especificação dos requisitos dos filtros de soldadura automática, isto é, dos ecrãs de soldadura com variação automática do fator de transmissão. Esses ecrãs destinam-se a proteger os operadores em operações de soldadura e técnicas semelhantes.
-EN1731: Especificações dos materiais, da conceção, do desempenho e dos métodos de teste para os protetores oculares e de rosto de tipo gradeado, de uso profissional.
-ANSI (US American National Standards Institute) Z87.1-2003: Especificações dos requisitos gerais e mínimos, dos métodos de teste, de seleção, de utilização e de manutenção dos protetores oculares e do rosto.
MARCAÇÃO:
SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS - EN166:
1: Classe ótica para um uso permanente de óculos
Obrigatórias:
-S: Solidificação reforçada: esfera de diâmetro de 22mm lançada a 5,1 m/s (18,36 km/h).
-E: Impacto a baixa energia: esfera de diâmetro de 6 mm lançada a 45 m/s (162 km/h).
-B: Impacto a média energia: esfera de diâmetro de 6 mm lançada a 120 m/s (432 km/h).
-A: Impacto a alta energia: esfera de diâmetro de 6 mm lançada a 190 m/s (684 km/h).
Opcionais:
-3: Resistência aos líquidos (gotas e projeções).
-4: Resistência ás partículas grossas de poeira (grossura > 5 mícrones).
-5: Resistência ao gás e finas partículas de poeira (grossura < 5 mícrones).
-8: Resistência ao arco elétrico de curto-circuito.
-9: Resistência ás projeções de metal fundido e sólidos quentes.
-T:(F-B-A) Partículas lançadas a grande velocidade e a temperaturas extremas -5ºC/ +55ºC.
-N: Resistência ao embaciamento dos óculos,
-K: Resistência à deterioração das superfícies por partículas finas (anti riscos).


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PROTEÇÃO DO CRÂNIO:
COMO PROTEGER-SE CORRETAMENTE?
Escolher o capacete de obra adequado.
Identificar o risco: queda de objetos, choques, riscos combinados (anti-ruído mais proteção da face). O capacete de obra desempenha três funções:
-Anti-penetração para uma proteção eficiente da caixa craniana.
-Amortecimento proporcionado pelo capacete e pelo arnês de fixação que absorvem os choques provocados por massas em movimento.
-Deflexão proporcionada por uma ergonomia adequada que permite desviar a queda perpendicular de um objeto em cima do crânio. Existe também uma gama de acessórios que garantem a proteção da face e dos ouvidos.

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PROTEÇÃO AUDITIVA:
A perda de audição relacionada com a exposição ao barulho é a doença profissional mais frequente, tanto na Europa como na América do Norte, representando cerca de um terço de todos os casos de doença relacionadas com o trabalho. Esses distúrbios podem ter efeitos duradouros que causam stress, fadiga ou isolamento, aumentando significativamente o risco de acidentes de trabalho induzidos por outros fatores. A perda de audição é irreversível e frequentemente detetada tardiamente, razão pela qual os EPI que cobrem este risco estão classificados na categoria IIl na Europa.
COMO PROTEGER-SE CORRETAMENTE?
Escolher o aparelho de proteção anti-ruído adequado.
-Identificar o tipo de ruído: estável, flutuante, intermitente, impulsivo.
-Caracterizar o ruído no posto de trabalho: intensidades (dB) e frequências (Hz)
-Determinar a duração da exposição.
-Calcular a atenuação necessária para voltar a valores aceitáveis (comparar com a Diretiva 2003/10/CE).

NORMAS:
-EN352: Exigências de segurança e ensaios.
-EN352-1: Abafadores de ruído.
-EN352-2: Auriculares.
-EN352-3: Abafadores de ruído montados sobre capacetes de proteção.
-EN352-4: Abafadores anti-ruído com atenuação dependente do nível.
-EN352-6: Os abafadores anti-ruído com entrada áudio elétrica.
-EN352-8: Os abafadores anti-ruído áudio de divertimento. Essas normas estabelecem as exigências em termos de fabrico, de conceção, de desempenho e de procedimentos de ensaio. Prescrevem também que as informações relativas às características sejam colocadas à disposição.
-EN458: Proteção auditiva propicia recomendações relativas à escolha, à utilização, à manutenção e às precauções de uso.
-ANSI (US American National Standards Institute) S3.19 – 1974. Esta norma estabelece o método de ensaio, permitindo estabelecer o nível de atenuação do ruído (NRR Noise Reduction Rating) de um protector auditivo, em conformidade com as recomendações da EPA (US Environmental Protection Agengy). Os regulamentos também cumprem o 29CFR 1910.95, o programa de conservação da audição.
COMO UTILIZAR OS VALORES DE ATENUAÇÃO?
3 indicadores, do mais simples ao mais preciso, são disponibilizados ao utilizador:
-SNR (Single Number Rating): Valor da redução média do ruído.
-HML: Valores de atenuação expressados em função dos níveis médios de frequências:
-H: Atenuação do EPI em altas frequências (ruídos agudos)
-M: Atenuação do EPI em frequências médias
-L: Atenuação do EPI em frequências baixas (ruídos graves)
-APV (Assumed Protection Value): Valores de atenuação expressas em 8 níveis precisos de frequências (cf. a ficha técnica do protetor auditivo).
MODO DE USO:



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PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA:
Diretivas Europeias: obrigações do usuário final:
-89/391: Identificar e avaliar o risco, tomar as medidas preventivas e de proteção, informar e formar os trabalhadores.
-2004/37: Riscos ligados à exposição a agentes cancerígenos ou mutagénicos no trabalho: identificação dos perigos, «valores limite», proteção respiratória.
-89/656: Selecionar e usar o EPI apropriado e certificado, informar e formar os usuários, verificar e substituir o EPI se necessário.
NORMAS:
As principais normas dizem respeito aos aparelhos respiratórios
-EN136: Máscaras completas. Inclui ensaios relativos à resistência, à temperatura, aos choques, à chama, à radiação térmica, à tração, aos produtos de limpeza e de desinfeção. Além disso, a inspeção visual deve ser sobre a marcação e o manual de informação do fabricante.
-EN140: Meias-máscaras e quarto de máscaras. Diz respeito aos ensaios de resistência aos choques, aos produtos de limpeza e de desinfeção, à temperatura, à chama e aos ensaios de resistência respiratória.
-EN14387: Filtros anti-gás e filtros combinados. Inclui ensaios de laboratório destinados a garantir a conformidade da resistência aos choques, à temperatura, à humidade, aos ambientes corrosivos e da resistência mecânica e respiratória.
-EN143: Filtros contra partículas. Refere-se à resistência aos choques, à temperatura, à humidade e aos ambientes corrosivos, e à resistência mecânica e respiratória.
-EN149: Meias-máscaras filtrantes. Diz respeito aos ensaios de resistência aos choques, aos produtos de limpeza e de desinfeção, à temperatura, à chama e aos ensaios de resistência respiratória.
-EN405: Meias-máscaras filtrantes com válvulas e filtros antigás ou filtros combinados. Especifica os ensaios em matéria de resistência às manipulações, ao desgaste, aos choques, à chama e à resistência respiratória.
-EN148-1: Conector de rosca standard. Define o sistema de conexão standard dos filtros para máscaras completas.
-NIOSH (US National Institute for Occupational Safety) 42 CFR Part84 / Peças faciais de filtração, vários níveis de proteção (lista não exaustiva):
-N95: Filtra no mínimo 95% das partículas (não oleosas) em suspensão no ar.
-N99: Filtra no mínimo 99% das partículas (não oleosas) em suspensão no ar.


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PROTEÇÃO DAS MÃOS:
EN ISO 21420 / REQUISITOS GERAIS:
Norma de referência, que não pode ser utilizada sozinha, mas apenas em associação com outra norma, com requisitos relativos ao desempenho de proteção.
-Respeitar a inocuidade (pH, teor em crómio VI, etc)
-Respeitar as cartas de tamanho (observar o quadro abaixo)
-Avaliar a destreza, a respirabilidade e o conforto.
-Respeitar as instruções de marcação, de informação, de identificação.

NORMAS:
-EN511: RISCO FRIO
A norma ENS511 define as exigências e os métodos de ensaios para as luvas de proteção contra o frio transmitido por convecção ou condução até - 30º C (opcionalmente até -50ºC). Este frio pode estar relacionado com as condições climatéricas ou a uma atividade industrial. O processo de seleção de uma luva de proteção contra o frio deve ter em conta vários parâmetros, tais como a temperatura ambiente, a saúde da pessoa, a duração de exposição, o nível de atividade, etc.
-EN407: RISCO CALOR E FOGO
A norma EN407 determina os métodos de ensaios, as exigências gerais, os níveis de desempenho térmico e a marcação das luvas e dos manguitos de proteção contra o calor e/ou o fogo. Aplica-se a todas as luvas destinadas a proteger as mãos contra o calor e/ou as chamas sob uma ou várias das formas a seguir: incêndio, calor de contacto, calor convectivo, calor de radiação, pequenas projeções de metal em fusão ou projeções de grandes partículas de metais em fusão.

-EN16350: PROPRIEDADES ELECTROESTÁTICAS
A norma EN 16350 estabelece as exigências suplementares para as luvas de proteção que se utilizam num entorno que inclui o que é suscetível de incluir zonas inflamáveis ou explosivas. Podem definir-se outras propriedades electroestáticas mediante a EN1149-1 (resistência determinada pelo comprimento da superfície de um material) ou a EN1149-3 (atenuação da carga), mas não são suficientes para avaliar as luvas de proteção de dissipação electroestática.
-EN12477: RISCO DE SOLDADURA
Requisitos e métodos de ensaio para luvas para utilização em soldadura manual de metais, o corte e técnicas conexas. As luvas de soldadura são classificadas em dois tipos: B quando é necessária destreza (por exemplo, soldadura TIG) e A para outros processos de soldadura.
-EN ISO 374-1: CONTRA OS PERIGOS DOS RISCOS QUÍMICOS
A norma EN 150374-1 especifica as exigências de desempenho necessárias para as luvas destinadas à proteção dos utilizadores contra produtos químicos perigosos.
-Penetração (testado de acordo com à norma EN374-2): Difusão de ar e água para verificar a estanqueidade através de porosidades, costuras e orifícios de pequenas dimensões ou outras imperfeições presentes no material da luva
-Degradação (testada de acordo com a norma EN374-4): Determinação da resistência física dos materiais após contacto contínuo com produtos químicos perigosos.
-Permeação (testado de acordo com a norma EN 16523): Processo através do qual um produto químico se difunde através do material da luva de proteção por contacto contínuo.
Aversão EN ISO da norma EN374-1 introduz a noção de 3 tipos de proteção contra a permeação de produtos químicos:
-Tipo A: A luva obtém um índice de desempenho à permeação pelo menos igual à 2 para 6 produtos químicos de teste retirados da lista de produtos químicos determinada na norma.
- Tipo B: A luva obtém um índice de desempenho à permeação pelo menos igual a 2 para 3 produtos químicos de teste retirados da lista de produtos químicos determinada na norma.
-Tipo C: A luva obtém um índice de desempenho à permeação pelo menos igual à 1 para 1 produto químico de teste retirados da lista de produtos químicos determinada na norma.
-EN ISO 374-5: CONTRA OS PERIGOS DOS MICROORGANISMOS
A norma EN ISO 374-5 especifica os requisitos e métodos de ensaio para as luvas de proteção destinadas a proteger o utilizador contra os microrganismos (bolores e bactérias, vírus em opção).
Penetração dos bolores e bactérias (testado em conformidade com a norma EN374-2): ensaio que permite verificar a estanqueidade à água e ao ar de uma luva.
Penetração dos vírus (testado segundo o método B da norma ISO 16604): processo que
determina a resistência à penetração por patógenos veiculados pelo sangue.
- Método de ensaio utilizando o bacteriófago Phi-X174.
-ISO 18889: CONTRA OS PERIGOS DOS PESTICIDAS
A norma ISO 18889 especifica as exigências relativas as luvas de proteção para os operários que manipulam pesticidas e trabalhadores de reentrada.
As luvas de classe G1 são adequados quando o risco potencial é relativamente baixo. Estas luvas não são adequadas para o seu uso com pesticidas de formulação concentrada, nem em caso de risco mecânico. As luvas da classe G1 são geralmente para um único uso.
As luvas de classe G2 são adequadas quando o potencial risco é mais elevado. São adequados para utilização com pesticidas diluídos e concentrados. As luvas de classe G2 também cumprem os requisitos mínimos de resistência mecânica e portanto, são adequados para atividades que requerem luvas com uma resistência mecânica mínima.
As luvas de classe GR apenas protegem a palma da mão e estão destinados aos trabalhadores em contactos com resíduos secos de pesticida ou parcialmente seco presentes na superfície da planta depois da aplicação de pesticidas.
-EN421: CONTRA AS RADIAÇÕES E A CONTAMINAÇÃO RADIOACTIVA
Esta norma proporciona os requisitos para as luvas de proteção que se utilizam num entorno que produz radiação ionizante ou num entorno com substâncias radioativas.
-Uma luva que proteja contra a contaminação radioativa deve ser estanque segundo a norma EN374-2.
-Uma luva que proteja contra as radiações ionizantes deve, além de ser estanque segundo a norma EN374-2, conter uma certa quantidade de metal pesado como o chumbo.
-EN388 ISO 23 388: RISCOS MECÂNICOS
A norma EN388 aplica-se a todos os tipos de luvas de proteção e diz respeito às agressões físicas e mecânicas por abrasão, corte por lâminas, perfuração e rasgo. Apareceram novas performances desde a versão 2016 da norma.
-EN ISO 10819: ATENUAÇÃO DOS EFEITOS LIGADOS ÀS VIBRAÇÕES
A norma EN ISO 10819 especifica os requisitos de rendimento de atenuação de vibrações através de uma luva. Também deve cumprir com os requisitos de espessura e uniformidade do material anti vibratório. De referir que este tipo de luvas pode reduzir e não eliminar os riscos para a saúde relacionados com a exposição às vibrações transmitidas às mãos.
O fator de transmissão de vibrações em bandas de frequência de terceiro de oitava de 25 a 200Hz será equivalente ou inferior a à 0,90. O que seja medido nas bandas de frequência de terceiro de oitava compreendidas entre 200 e 1250 Hz deverá ser equivalente ou inferior a 0.60.

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PROTEÇÃO DOS PÉS:
NORMA ISO 20345:2022 PARA CALÇADO DE SEGURANÇA
A segurança no local de trabalho deve ser uma prioridade em todos os setores. Entre os diferentes equipamentos de proteção individual (EPIs), o calçado de segurança exerce um papel fundamental no desempenho e na prevenção de acidentes laborais. A norma EN ISO 20345 estabelece os critérios para o calçado de segurança, certificando a qualidade e eficácia dos produtos, de modo a garantir a proteção dos trabalhadores. A atualização da norma EN ISO 20345:2011 para EN ISO 20345:2022 representa um passo significativo na melhoria da segurança no local de trabalho.
Atualmente, os requisitos básicos (SB) para a certificação do calçado são:
• Biqueira resistente aos impactos 200J (massa com 20 kg de uma altura de cerca de 1m)
• Resistência, não toxicidade e propriedades dos materiais utilizados
• Ergonomia e conforto do calçado
• Resistência ao deslizamento (Novidade)
Anteriormente, existiam 3 classes de resistência ao deslizamento: SRA, SRB e SRC, que agora deixam de existir. O teste de deslizamento semelhante ao SRA passa a estar incluído no requisito básico para certificação e, portanto, não possui marcação especial.
Além da certificação básica, é possível realizar outro teste relativo à resistência ao deslizamento ou SR (Slip Resistance). O antigo teste SRB realizado em superfície de aço com glicerina passa a ser realizado em azulejo cerâmico com glicerina e marcado como SR.
Requisitos Opcionais:
-A - Anti-static footwear – calçado anti estático
-AN - Ankle protection – proteção tornozelo
-CI - Cold insulation of outsole complex – isolamento ao frio
-HI - Heat insulation of outsole complex – isolamento ao calor
-CR - Cut resistance – resistência ao corte
-E - Energy absorption of seat region – absorção de energia pelo calcanhar
-FO - Resistance to fuel oil – resistência aos óleos e combustíveis
-LG - Ladder grip – tração em escadas
-M - Metatarsal protection – proteção metatarso
-WR - Water resistance – resistência à água
-WPA - Water penetration and absorption - resistência à penetração e absorção de água
-C - Partly conductive footwear - calçado parcialmente condutor
-PL - Perforation resistance (non metal) insert 4,5mm nail – anti perfuração não metálica com prego de teste de diâmetro de 4,5mm
-PS - Perforation resistance (non metal) insert 3mm nail - anti perfuração não metálica com prego de teste de diâmetro de 3mm
-SC - Scuff cap abrasion – resistência à abrasão na biqueira
-HRO - Resistance to hot contact – resistência ao calor por contacto da sola
-SR - Slip resistance (ceramic tile floor with glycerine) – resistência ao deslizamento (cerâmica + glicerina)
Requisitos para resistência à perfuração:
A nova atualização da norma esclarece em que material consiste a proteção e qual o tamanho do prego usado nos testes. Sendo que, um diâmetro menor oferece uma pressão mais alta e, portanto, maiores requisitos de proteção.
-P: Proteção em aço com prego de teste de diâmetro 4,5 mm.
-PL: Proteção "não metálica" com prego de teste de diâmetro 4,5 mm.
-PS: Proteção "não metálica" com prego de teste de diâmetro 3 mm.
Novos níveis de proteção:
Foram acrescentados dois níveis de proteção específicos relativamente à resistência à penetração e absorção de água: S6 e S7. Anteriormente, quando a gáspea do calçado de tipo I apresentasse resistência à penetração e absorção de água (permeável porque a água pode entrar pelas costuras), seria marcado como WRU, mas agora é marcado como WPA. Quando o calçado de tipo I incorpora uma membrana impermeável, passa a contar com a marcação WR.
As novas classificações:
• S6 = S2 + WR
• S7 = S3 + WR

Resistência aos hidrocarbonetos: A nova norma define como opcional o teste (anteriormente marcado como ORO) para os níveis S1 a S5. Agora, se realizado, deve ser marcado como FO.
Proteção contra arranhões na biqueira: Neste novo teste é avaliada a resistência à abrasão na região da biqueira para calçado que possui proteção extra, passando a estar marcado como SC.
Proteção de aderência da escada: Este teste iguala o teste realizado no âmbito da norma EN 15090 para calçado de bombeiro. Apenas as solas que tenham o relevo necessário na área da palmilha podem ser submetidas a este novo teste. Em caso de aprovação, será marcado como LG.
Nota:
Os novos parâmetros não cobrem a propriedade de alta visibilidade devido à interação com a roupa do profissional (por exemplo, calças que cobrem o calçado) e condições da área de trabalho como sujidade e lama. Os riscos especiais estão ao abrigo de normas complementares relacionadas com o trabalho: calçado para bombeiros, calçado com isolamento elétrico, proteção contra lesões por motosserra, proteção contra produtos químicos e salpicos de metal fundido, proteção para motociclistas, entre outros.
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